1 de agosto de 2011

Sexo Frágil

Por Ellen Manzi

Bem, sabe de uma coisa, eu fico puta de raiva quando ouço a merda dessa expressão ( desculpem a agressividade e a falta de educação).

Frágil? Pô gente, me chamem de bonitinha, fofinha, legalzinha, ou qualquer outra coisa, mais de frágil não. 
Quando disse pra uma das outras editoras do blog sobre o que eu falaria, a única coisa que ela pode dizer foi: “- Frágil nada, porra!!”

Quando me dizem isso, me vem uma serie de palavras ditas impróprias para o vocabulário feminino, mais juro que se eu pudesse usaria todas sem nenhuma gota de remorso, somente para expressar a minha indignação.

Esse termo é uma convenção lingüística usada para denominar “sexo feminino”.  (Adoraria argumentar com quem fez essa barbaridade, homem  com toda certeza, ooo racinha viu?!)

Nesse caso podemos tentar entender o que passou pela cabeça de quem pariu essa infeliz expressão. Podemos citar sem sobra de dúvidas a força física masculina, mais podemos deixar essa teoria cair por terra porque Deus nos deu a inteligência necessária para vencermos nossos oponentes com delicadeza e a astúcia, e sem ter que, ainda por cima, arrancar uma gota de sangue.

Podemos citar também o “pensamento prático masculino” x “sentimentalismo feminino”. Bem: do que adianta o foco em espaço, objetos e funções, sem a  percepção de detalhes, a comunicação e a empatia; essa habilidades que os homens se gabam tanto em possuírem são tão simples de aprender, mais tem coisas que não são doutrináveis, e essas estão ligadas a uma sensibilidade impar bem feminina.

Mulheres  definitivamente não gostam desse joguinho de bater as mãos no peito e berrar para provar quem é o mais forte. Nossas disputas não são tão declaradas. Se estivéssemos na pré-história talvez isso até fosse aceitável. Hoje sinceramente, são poucas as coisas que os homens façam que as mulheres não possam fazer (com mais qualidade, CLARO).

Bom, mulheres sustentam casas, empurram filhos para fora das suas vaginas, cuidam das crias, trabalham, depilam a virilha com cera quente, cuidam da casa, trocam pneus (as redatoras do Bula Feminina que o digam), matam baratas (rsrsrs) e o que é melhor, equilibrando-se em um salto agulha, perfeitamente maquiada e perfumada.

Vamos lá, a maioria dos homens é incapaz de cuidar de si mesmo de uma forma satisfatória, na grande parte das vezes é necessário a supervisão da mãe, da namorada, ou de alguém do sexo feminino. Comecemos pela incapacidade de uma alimentação balanceada, ou quem sabe roupas dignamente apresentáveis. Fora o escândalo todas as vezes que uma gripe ameaça a chegar, e se vê sangue então, é o fim...

O fato é que homens quando envelhecem, estão sempre se achando perfeitos em seus cabelos brancos e orgulhosos das suas redondas panças conquistadas em frente à TV com suas latinhas de cerveja assistindo a finais de campeonatos, e ainda por cima tem o disparate de dizerem o quão bem estão para suas idades.

Mas se por ventura nós mulheres não escondermos os cabelos brancos, não estivermos sempre lindas, jovens, com corpo escultural e informadas, somos tachadas de desleixadas e ainda por cima burras. E mais uma coisa, se não trabalharmos e dependemos de seja lá quem for, somos folgadas e interesseiras. Bem, acho que viram quem é sexo frágil ai, né?!

Fica a dica aqui: frágil é sinônimo de algo que se deteriora facilmente,  que tem pouca estabilidade, sendo assim não vejo o porque dizer que somos frágeis. Geramos vidas, e mesmo assim ainda somos depreciadas por seres que mal sabem cuidar de si próprios.

Sendo assim, FRAGIL É O CA#@!&W?

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