8 de agosto de 2011

De caça a caçadoras

Por Gabriela Menezes


Já fomos apresentados e, agora (tchaaaram!), é meu primeiro texto.

Fiquei durante horas pensando em um tema que prenda a atenção dos leitoras, principalmente, e os faça, da mesma forma, refletir. Não sou psicóloga e nem pretendo seguir essa carreira, mas acredito que falar daquilo que faz parte do dia a dia feminino torna qualquer assunto mais próximo de nós, mulheres.

Depois de muitas conversas e olhares penetrantes (bem do tipo "43"), você sai com o pretendente e em um único encontro o “inevitável” acontece: o sexo casual. Foi tudo maravilhoso, o cara abre a porta do carro, diz palavras belas, dá beijinhos na mão e no final te deixa em casa e ainda espera você entrar. Você logo pensa, “uau é o cara” tolinha.

O fim da noite, ou do dia, aproxima-se e a única certeza é a de que ele não ligou, nem mandou torpedos, nem ao menos a procurou. A luz do sol atinge a janela e a ansiedade acorda. As horas são longas e o pensamento é constante e desesperador: "Por que ele não ligou?". E a guerra de hipóteses e argumentos mentais acaba sendo um transtorno mental.

Homem é de uma espécie que foi “feita” para caçar a presa e creia: toda sua turbulência instintiva também acredita nisso. Seguindo essa linha de raciocínio, nos deparamos com a terrível resposta: ele não gostou. Então, vem a pergunta arrebatadora: Por que a MULHER não ligar? Porque na atualidade a mídia e os vetores culturais (maiores responsáveis), condenam essa atitude? Fomos adestradas a sermos caçadas.

Diante de uma situação como estas, a sensatez e o equilíbrio são palavras-chave.

Acredito que a mulher tem a opção de caçar, que possui em suas mãos a chance lutar por sua presa como se fosse um objetivo, uma meta. A questão é: muitas mulheres esquecem seus próprios limites nessa batalha. Ligar, mandar torpedos, procurar não está proibido. O que está proibido é abusar de uma lista de atitudes sem sucessos e reciprocidade: se humilhar é proibido!

A paciência e a sedução são sempre amigas de uma mulher quando ambas andam juntas e em sintonia. E desistir faz parte, quando simplesmente, percebemos a presa insiste em fugir.

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