Ultimamente parei para analisar, e percebi o quanto as
pessoas buscam por um namoro, então resolvi pensar sobre qual seria o parâmetro para a busca (sem tirar o mérito de quem fez o pedido).
Bom, há um tempo o namoro era a consequência do carinho e
afeto entre duas pessoas, que tinham um objetivo em comum de construírem uma
vida. Mas vejo que isso mudou, não é algo que dê para generalizar. Mas como hoje
existem vários tipos de relacionamentos que não se enquadram em um namoro,
posso dizer com certeza que ele tem tomado uma conotação diferente de outrora.
Apesar de redes sociais lotadas de anúncios apelativos de
pessoas que se dizem "querendo" ou muitas vezes "precisando" de uma companhia constante, em poucas delas vejo a
real intenção da mudança nos hábitos de
vida para tal situação. Não sei se a independência, em seus vários aspectos, tornou as pessoas mais frágeis ou mais fortes dentro dos relacionamentos. Acho mesmo é que elas se tornaram adeptas de um "nômadismo": trocam o destino em pouco tempo; acho que foi isso que as fez perder a noção do que é estar com
alguém e não sentir necessidade de outras.
Às vezes fico pensando aonde foram parar aqueles namoros de
antigamente em que tomar um sorvete passeando pela praça de mãos dadas era algo
tão prazeroso e importante. Roubar uma rosa para presentear alguém era um gesto
tão doce e tão “arriscado”, aonde frequentar a casa dos pais do namorado(a)
era um gesto de respeito. E que sugeriam um compromisso mais sério: em breve, um casamento.
Por um tempo talvez a vida “desregrada” de ter vários
parceiros possa ser “divertida”, mas será que as pessoas sabem o que realmente um
namoro remete?! Hoje(...), tenho minhas dúvidas!!
Vejo muitos adolescentes dizendo que namoram e mostrando
pequenas argolas de metal localizadas em seus dedos anulares da mão direita sem
saber o significado daquele gesto, e sem saberem o real sentido de estar junto
com alguém. Dali a algum tempo, se você se encontrar esse mesmo casal individualmente, verá que continuam com um pedaço de metal
no dedo, mas já lhe apresentarão, seus respectivos novos parceiros. Mas isso é feito como se fosse tão natural como trocar
de roupas ou de sapatos.
E vejo também outro lado, um pouco mais distante disso: adultos com medo de
namorar por achar que é um compromisso sério, que exige muito tempo e
dedicação. Entretanto, se lamentam várias vezes por não existirem pessoas
dispostas a construir uma vida a dois. Contraditório.
É bem aí que estaciono minha dúvida, porque realmente é uma questão
que abrange uma parcela emocional gigantesca: sentimentos, decisões,
maturidade, além de N outros fatores que ajudam a deixar as pessoas com receio
de enfrentar tal responsabilidade.
Mas é fato! Temos hoje pessoas sedentas de carinho e
afeto, que transferem essa necessidade para um relacionamento, como se isso
fosse suprir toda essa gama de sentimentos faltosos em suas vidas. E que
continuam a esperar sentem-se, porque vão continuar esperando seus príncipes e princesas encantados, mesmo que para isso seja
necessário desfilar com o sapo por algum tempo, por mero status.
Digamos que existe um pouco de tudo, desde aqueles que
namoram para dizer que tem um companheiro, ate os que realmente sentem algo por
aquela pessoa e tem algo maior em mente.
Eu acredito que o medo sempre existirá! Afinal de contas, é
compartilhar muito com uma outra pessoa independente se um sentimento ou um
status!