6 de janeiro de 2012

Namoro: um sentimento ou um status?!


Por Ellen Manzi

Ultimamente parei para analisar, e percebi o quanto as pessoas buscam por um namoro, então resolvi pensar sobre qual seria o parâmetro para a busca (sem tirar o mérito de quem fez o pedido).

Bom, há um tempo o namoro era a consequência do carinho e afeto entre duas pessoas, que tinham um objetivo em comum de construírem uma vida. Mas vejo que isso mudou, não é algo que dê para generalizar. Mas como hoje existem vários tipos de relacionamentos que não se enquadram em um namoro, posso dizer com certeza que ele tem tomado uma conotação diferente de outrora.

Apesar de redes sociais lotadas de anúncios apelativos de pessoas que se dizem "querendo" ou muitas vezes "precisando" de uma companhia constante, em poucas delas vejo a real intenção da mudança nos hábitos de vida para tal situação. Não sei se a independência, em seus vários aspectos, tornou as pessoas mais frágeis ou mais fortes dentro dos relacionamentos. Acho mesmo é que elas se tornaram adeptas de um "nômadismo": trocam o destino em pouco tempo; acho que foi isso que as fez perder a noção do que é estar com alguém e não sentir necessidade de outras.


Às vezes fico pensando aonde foram parar aqueles namoros de antigamente em que tomar um sorvete passeando pela praça de mãos dadas era algo tão prazeroso e importante. Roubar uma rosa para presentear alguém era um gesto tão doce e tão “arriscado”, aonde frequentar a casa dos pais do namorado(a) era um gesto de respeito. E que sugeriam um compromisso mais sério: em breve, um casamento.

Por um tempo talvez a vida “desregrada” de ter vários parceiros possa ser “divertida”, mas será que as pessoas sabem o que realmente um namoro remete?! Hoje(...), tenho minhas dúvidas!!

Vejo muitos adolescentes dizendo que namoram e mostrando pequenas argolas de metal localizadas em seus dedos anulares da mão direita sem saber o significado daquele gesto, e sem saberem o real sentido de estar junto com alguém. Dali a algum tempo, se você se encontrar esse mesmo casal individualmente,  verá que continuam com um pedaço de metal no dedo, mas já lhe apresentarão, seus respectivos novos parceiros. Mas isso é feito como se fosse tão natural como trocar de roupas ou de sapatos.

E vejo também outro lado, um pouco mais distante disso: adultos com medo de namorar por achar que é um compromisso sério, que exige muito tempo e dedicação. Entretanto, se lamentam várias vezes por não existirem pessoas dispostas a construir uma vida a dois. Contraditório.

É bem aí que estaciono minha dúvida, porque realmente é uma questão que abrange uma parcela emocional gigantesca: sentimentos, decisões, maturidade, além de N outros fatores que ajudam a deixar as pessoas com receio de enfrentar tal responsabilidade.

Mas é fato! Temos hoje pessoas sedentas de carinho e afeto, que transferem essa necessidade para um relacionamento, como se isso fosse suprir toda essa gama de sentimentos faltosos em suas vidas. E que continuam a esperar  sentem-se, porque vão continuar esperando seus príncipes e princesas encantados, mesmo que para isso seja necessário desfilar com o sapo por algum tempo, por mero status.

Digamos que existe um pouco de tudo, desde aqueles que namoram para dizer que tem um companheiro, ate os que realmente sentem algo por aquela pessoa e tem algo maior em mente.

Eu acredito que o medo sempre existirá! Afinal de contas, é compartilhar muito com uma outra pessoa independente se um sentimento ou um status!

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